d: OVA

Finalmente saiu uma das adaptações para anime que eu mais aguardava este ano, sobre um mangá que acompanho a um bom tempo e sou grande fã.

Ainda pretendo fazer um post apresentando e analisando um pouco a obra original então não vou me aprofundar nisso aqui. Vou falar direto deste primeiro capitulo especial de três que vão sair.

O especial não seguiu a historia do mangá desde o seu início, com a ordem cronológica certa. Ruth por exemplo, demora um para aparecer no mangá. É claro que estão fazendo certo em adaptar do seu próprio jeito em 3 episódios, de maneira eficiente sem perder a essência da história e explicando as coisas aos poucos, mas ainda assim encontra-se fora da sequência correta apresentada no mangá. Achei engraçado o fato de não mostrarem ou apresentarem justamente o que está na sinopse da obra: O mago (Elias) indo em um leilão do submundo e lá comprando a Slay Vega (como as criaturas magicas chamam os humanos), Chise.

O que se passou no episódio seria algo que acontece no meio do mangá, misturando alguns fatos e diálogos que ocorreram com cenas originais do cotidiano dos personagens, o que não faz diferença na historia e fica quase como um side-story mostrando mais do slice of life da obra. Isso se faz presente na cena do café da manhã, por exemplo. Ao decorrer dos dois próximos episódios devem ser mostradas as partes mais importantes do mangá, com uma ordem própria de acontecimentos e explicações na medida que acharem importantes. Já duvido um pouco se eles explicarão sobre como ela conheceu Ruth com este episódio 1 já contendo os dois juntos.

O Wit estúdio fez um excelente trabalho na animação que não poderia ficar ainda mais com a cara da obra. Toda ambientação de cenários, locais e criaturas ficaram excepcionais. Se fosse um anime para TV, nunca seria tão bonito assim. A direção também tem seus méritos para deixar o slice of life mais interessante, por mais que a obra tenha bastante diálogos e aparente ser mais lenta.

Algo que vale a pena citar, é que no mangá o mundo humano simula ser mais antigo, algo 1900, na Londres antiga, não só pelo uso de palavras do antigo inglês, mas como a cidade com uma aparência antiga, com velhas casas e igrejas. No anime soou diferente, pois mostraram um mundo moderno, atual. E para finalizar, torçam para que adaptem a ida de Chise para ao Vale dos Dragões nos próximos capítulos do especial, pois as cenas são magníficas e deve ficar ainda mais fabuloso no OVA.

Vocês não fazem nem ideia do que vem a seguir.

Para concluir, The Ancient Magus Bride OVA funciona melhor para quem lê o mangá por adaptá-lo com cenas extras e fora ordem cronológica dos fatos que não importa a estes que já conhecem, do que para os que estão sendo apresentados a obra através do especial, mas mesmo assim é recomendados a todos assistir.

Avaliação: 4.5/5

Extras

Muito bom eles terem pego essas cenas de alívio cômico do mangá em que o autor usa esses traços mais bobos para enfatizar, ficou bem legal.

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Um review sobre o ONA de quatro capítulos de Planetarian.

Atenção, este review possui spoilers sobre o fim do especial.

Sinopse

30 anos depois do fracasso do Programa de Colonização Espacial, a humanidade está quase instinta; Uma chuva eterna e mortal cai sobre a terra. Homens conhecidos como “Junkes” saqueiam bens e artefatos das ruínas da civilização. Um desses Junkers entrou na ruína mais perigosa, a Cidade Sarcófago. No meio desta cidade morta, ele encontra um planetário. Quando ele entra, é cumprimentado por Hoshino Yumemi, uma robô. E ela, sem dúvida alguma, acredita que ele seja o primeiro visitante do lugar em 30 anos e quer mostrar a ele as estrelas.

Análise

Planetarian foi uma surpresa tanto para quem já conhecia a obra original - sua Visual novel - quanto para os curiosos de plantão que assim como eu viram os capítulos sem saber o que realmente esperar da história.

Não precisei pesquisar muito para saber o quão fiel foi o especial ao original, dava para sentir no ritmo que as coisas caminhavam. Embora episódio introdutório tenha sido o mais devagar fazendo parecer apenas um slice-of-life de um cara preso em um planetário, sua junção com o segundo capítulo conseguiu trazer toda ambientação da robô de cabelos azuis e do Joker que se cruzaram para o desenrolar do plot.

Ao longo dos 5 episódios, conforme o homem ambulante descobria mais sobre o planetário em que estava instalado, a relação entre os dois só aumentava, ao ponto dele conhecer mais sobre Yumemi que sempre fazia suas palestras no local como se houvessem muitas pessoas. Contando e ensinando sobre as estrelas, sobre o céu e várias outras coisas sem ter noção alguma do que acontecia fora do prédio - devido a sua programação -, com a humanidade praticamente não existindo mais. É algo que emociona até mesmo o protagonista.

O episódio 3 foi o melhorar para contar isso, o discurso da robô encantou todos nós. Apresentando um pouco sobre mundo, dando a liberdade para o telespectador imaginar tudo com as imagens e ilustrações que eram mostradas em cada sequência, foi o clímax do ONA.

O mais doloroso, porém, veio no final. Seu quinto e último capítulo fechou o especial com uma grande bomba sentimental que alastrou-se sobre todos nós que assistíamos angustiadamente.

Com fé na humanidade e no seu próximo lar. Uma morte esperançosa para a robô que tinha o desejo de ajudar os humanos no outro lado do muro, onde realmente existiam mais deles. Porém, o que aconteceu já era predestinado pela a ameaça que os cercavam. Suas palavras finais foram tão expressivas que encheram o coração do protagonista. Deu para perceber a dor e todo o sentimento humano que sentira na hora de sua morte.

O mais comovente de tudo foi que não só nós e o protagonista choramos, mas também a própria e sorridente Yumemi, com as gotas de chuva que penetravam sua pele artificial enquanto seu sistema era desligado.

E a história, como fica? No final o joker é encontrado por outros humanos. E a continuação disso vem com o filme de Planetarian que será lançado em 3 de setembro, ainda em 2016.

Aspectos Técnicos

A animação embora não mostrando nenhum auge, trouxe a tona as características de um anime dos anos 90. Deve ter sido de propósito levando em conta que a novel também tem design antigo, mas foi tudo bem consolidado com um design ainda sim bonito e um CG aceitável para as máquinas anti-humanos. O show de luzes mostrando as estrelas, constelações e outros eventos também foi digno.

A caracterização da personalidade e roteiro em torno da robô Yumemi foram brilhante em fazê-la, trazendo toda alma de uma robô programada que tem algo a mais no fundo, além de pura lataria. Seu modo de sempre pedir desculpas e achar que tudo não reconhecido por si mesma era um erro interno foi algo tocante para o desenvolvimento da personagem. A direção só não teve êxito em trazer um início mais impactante, pois como dito, foi bem lento igual um início de visual novel.

Talvez o ponto chave que merecidamente deve ser mencionado foi a OST. O arranjo da música original direto da visual novel veio de maneira em que não se perdia do clássico, trazendo a tona toda a ambientação e peso adequado que a história devia receber.

Conclusão

Planetarian vale a pena. Não só como um curto especial de 90 minutos distribuídos em 5 capítulos, mas como uma história que embora igual a muitas outras antigas - que falam sobre a relação entre humano e robô que de certa forma queriam ser semelhantes -, tem seu charme próprio, possui uma história de peso e um drama envolvente que te prende pelo menos a partir de sua metade, com um desfecho digno, impactante e mais real do que você imagina.

Direção: 7/10

Roteiro: 8/10

Animação: 7.5/10

Soundtrack: 8/10

Entretenimento: 7.5/10

Nota Final: 7.5/10
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